O rosto típico de cada país.

Elaborado por Collin Spears, do Instituto de Neurociência e Psicologia da Universidade de Glasgow, no Reino Unido, este trabalho juntou faces de pessoas de diversas nacionalidades para criar o "rosto típico" de cada país. Para isso, Spears conta que buscou na internet fotos de pessoas de 20 a 50 anos e que juntou de 15 a 20 fotos para criar cada montagem. Ele buscou por sobrenomes comuns em cada país e os selecionou entre milhares de imagens. O resultado é esse trabalho, com quase 100 rostos. 
Não da pra dizer que é totalmente fiel, sabemos que há diversas variações dentro de cada país (muitas vezes compostos por inúmeras etnias), mas como recurso lúdico chega a ser interessante. 






Imagem da Semana-


El Aquelarre

AutorFrancisco de Goya
Data1797-1798
TécnicaÓleo sobre tela a partir de um afresco

LocalizaçãoMuseu Lázaro GaldianoMadrid

Documentário REQUIEM FOR THE AMERICAN DREAM


Requiem for the american dream

     Ativista político, filósofo e cientista cognitivo,Chosmky é reconhecido também pelo seu excelente trabalho como linguista, sendo reconhecido como o pai da linguística moderna. Mas sua atuação não se restringe ao campo da linguagem, estendendo-se à política também. Em REQUIEM FOR THE AMERICAN DREAM, em aproximadamente uma hora e quinze minutos, Chomsky faz duras críticas e profundas análises a cerca da concentração de riqueza e poder dentro da sociedade atual.
Quem ainda não assistiu, aconselho que assista. Disponibilizei aqui no Mural Filosófico, mas o mesmo também se encontra disponível no Netflix.

A morte é um favor- por Hafez

A morte é um favor- por Hafez
A Morte é um favor para nós,
mas nossas balanças perderam seu equilíbrio.
A impermanência do corpo deveria dar-nos grande clareza,
aprofundando em nossos olhos e sentidos a maravilha
desta misteriosa existência que partilhamos e pela qual
certamente estamos apenas passando.
Se eu estivesse na Taberna essa noite pediria bebidas
e enquanto o Mestre enchesse os copos,
eu seria lembrado que tudo o que sei da vida e de mim próprio
é que nos somos apenas um vôo de vinho dourado entre seu jarro e seu copo.
Se eu estivesse na Taberna essa noitepagaria uma rodada
a todos neste mundo porque o nosso casamento com a
beleza cruel do tempo e do espaço não pode durar muito.
A Morte é um favor para nós, mas nossas mentes perderam seu equilíbrio.
A existência milagrosa e a impermanência da forma
sempre fazem dançar e cantar aos Iluminados.


Muḥammad Hāfez 

Nasa lança novo satélite metereológico

Novo satélite de análise monitoramento metereológico
Uma das primeiras imagens do GOES 16

A NASA lançou no sábado passado (21), o primeiro de uma série de quatro satélites meteorológicos geostacionários de nova geração, capazes de observar em tempo quase real a formação de tempestades no continente americano.

O Geostationary Operational Environmental Satellite-R (GOES-R- Popularmente conhecido como GOES 16) partiu para sua órbita geoestacionária a 35,8 mil quilômetros acima da Terra. Em duas semanas ele chegará ao seu destino, se tornando o primeiro de uma nova geração de satélites que irá observar o planeta e dar mais autonomia para a NOAA (National Oceanic & Atmospheric Administration) monitorar o clima no hemisfério ocidental até 2036. Mas as primeiras imagens feitas pelo GOES 16 já estão disponíveis e mostram todo o potencial deste que é o primeiro passo na nova era de satélites meteorológicos.

Comparação de imagens feitas a partir dos dois satélites
Comparação entre as imagens do GOES 16 e seu antecessor; o GOES 13, 
A comparação entre as imagens obtidas pelo GOES 16 e o GOES 13 (antecessor), mostram as diferenças.
Para quem não sabe o GOES 13 é- ou era, até então- responsável pelas imagens via satélite fornecidas pelo INPE e CLIMATEMPO.





A revolta contra a sociedade em O Mal Estar na Civilização.


Para além da liquidez pós moderna, há uma espécie de insatisfação generalizada que satura o ar a nossa volta. Uma espécie de pessimismo frente a sociedade e sua forma de estruturação. Mas esta insatisfação seria um fenômeno exclusivo dos tempos atuais?
Como foi que tantas pessoas vieram a assumir essa estranha atitude de hostilidade para com a civilização? Acredito que seu fundamento consistiu numa longa e duradoura insatisfação com o estado de civilização então existente e que, nessa base, se construiu uma condenação dela, ocasionada por certos acontecimentos históricos específicos. Penso saber quais foram a última e a penúltima dessas ocasiões. Não sou suficientemente erudito para fazer remontar a origem de sua cadeia o mais distante possível na história da espécie humana, mas um fator desse tipo, hostil à civilização, já devia estar em ação na vitória do cristianismo sobre as religiões pagãs, de uma vez que se achava intimamente relacionado à baixa estima dada à vida terrena pela doutrina cristã. A penúltima dessas ocasiões se instaurou quando o progresso das viagens de descobrimento conduziu ao contacto com povos e raças primitivos. Em conseqüência de uma observação insuficiente e de uma visão equivocada de seus hábitos e costumes, eles apareceram aos europeus como se levassem uma vida simples e feliz, com poucas necessidades, um tipo de vida inatingível por seus visitantes com sua civilização superior. A experiência posterior corrigiu alguns desses julgamentos. Em muitos casos, os observadores haviam erroneamente atribuído à ausência de exigências culturais complicadas o que de fato era devido à generosidade da natureza e à facilidade com que as principais necessidades humanas eram satisfeitas. A última ocasião nos é especialmente familiar. Surgiu quando as pessoas tomaram conhecimento do mecanismo das neuroses, que ameaçam solapar a pequena parcela de felicidade desfrutada pelos homens civilizados. Descobriu-se que uma pessoa se torna neurótica porque não pode tolerar a frustração que a sociedade lhe impõe, a serviço de seus ideais culturais, inferindo-se disso que a abolição ou redução dessas exigências resultaria num retorno a possibilidades de felicidade.
 Existe ainda um fator adicional de desapontamento. Durante as últimas gerações, a humanidade efetuou um progresso extraordinário nas ciências naturais e em sua aplicação técnica, estabelecendo seu controle sobre a natureza de uma maneira jamais imaginada. As etapas isoladas desse progresso são do conhecimento comum, sendo desnecessário enumerá-las. Os homens se orgulham de suas realizações e têm todo direito de se orgulharem. Contudo, parecem ter observado que o poder recentemente adquirido sobre o espaço e o tempo, a subjugação das forças da natureza, consecução de um anseio que remonta a milhares de anos, não aumentou a quantidade de satisfação prazerosa que poderiam esperar da vida e não os tornou mais felizes. Reconhecendo esse fato, devemos contentar-nos em concluir que o poder sobre a natureza não constitui a única precondição da felicidade humana, assim como não é o único objetivo do esforço cultural. Disso não devemos inferir que o progresso técnico não tenha valor para a economia de nossa felicidade. Gostaríamos de perguntar: não existe, então, nenhum ganho no prazer, nenhum aumento inequívoco no meu sentimento de felicidade, se posso, tantas vezes quantas me agrade, escutar a voz de um filho meu que está morando a milhares de quilômetros de distância, ou saber, no tempo mais breve possível depois de um amigo ter atingido seu destino, que ele concluiu incólume a longa e difícil viagem? Não significa nada que a medicina tenha conseguido não só reduzir enormemente a mortalidade infantil e o perigo de infecção para as mulheres no parto, como também, na verdade, prolongar consideravelmente a vida média do homem civilizado? Há uma longa lista que poderia ser acrescentada a esse tipo de benefícios, que devemos à tão desprezada era dos progressos científicos e técnicos. Aqui, porém, a voz da crítica pessimista se faz ouvir e nos adverte que a maioria dessas satisfações segue o modelo do ‘prazer barato’ louvado pela anedota: o prazer obtido ao se colocar a perna nua para fora das roupas de cama numa fria noite de inverno e recolhê-la novamente. Se não houvesse ferrovias para abolir as distâncias, meu filho jamais teria deixado sua cidade natal e eu não precisaria de telefone para ouvir sua voz; se as viagens marítimas transoceânicas não tivessem sido introduzidas, meu amigo não teria partido em sua viagem por mar e eu não precisaria de um telegrama para aliviar minha ansiedade a seu respeito. Em que consiste a vantagem de reduzir a mortalidade infantil, se é precisamente essa redução que nos impõe a maior coerção na geração de filhos, de tal maneira que, considerando tudo, não criamos mais crianças do que nos dias anteriores ao reino da higiene, ao passo que, ao mesmo tempo, criamos condições difíceis para nossa vida sexual no casamento e provavelmente trabalhamos contra os efeitos benéficos da seleção natural? Enfim, de que nos vale uma vida longa se ela se revela difícil e estéril em alegrias, e tão cheia de desgraças que só a morte é por nós recebida como uma libertação?
Parece certo que não nos sentimos confortáveis na civilização atual, mas é muito difícil formar uma opinião sobre se, e em que grau, os homens de épocas anteriores se sentiram mais felizes, e sobre o papel que suas condições culturais desempenharam nessa questão. Sempre tendemos a considerar objetivamente a aflição das pessoas – isto é, nos colocarmos, com nossas próprias necessidades e sensibilidades, nas condições delas, e então examinar quais as ocasiões que nelas encontraríamos para experimentar felicidade ou infelicidade. Esse método de examinar as coisas, que parece objetivo por ignorar as variações na sensibilidade subjetiva, é, naturalmente, o mais subjetivo possível, de uma vez que coloca nossos próprios estados mentais no lugar de quaisquer outros, por mais desconhecidos que estes possam ser. A felicidade, contudo, é algo essencialmente subjetivo. Por mais que nos retraiamos com horror de certas situações – a de um escravo de galé na Antiguidade, a de um camponês durante a Guerra dos Trinta Anos, a de uma vítima da Inquisição, a de um judeu à espera de um pogrom – para nós, sem embargo, é impossível nos colocarmos no lugar dessas pessoas – adivinhar as modificações que uma obtusidade original da mente, um processo gradual de embrutecimento, a cessação das esperanças e métodos de narcotização mais grosseiros ou mais refinados produziram sobre a receptividade delas às sensações de prazer e desprazer. Além disso, no caso da possibilidade mais extrema de sofrimento, dispositivos mentais protetores e especiais são postos em funcionamento. Parece-me improdutivo levar adiante esse aspecto do problema.



Segunda curta- Vivendo com depressão



Produzido e protagonizado pela atriz polonesa Katarzyna Napiórkowska, Vivendo com depressão é um curta-metragem autobiográfico sobre conviver todos os dias com sintomas nem sempre percebidos por amigos e parentes. “Você veste uma máscara social e continua entre pessoas. É o que todos fazem, é assim que tem de ser”, narra Katarzyna no filme de 3 minutos, com legendas em inglês. As cenas mostram a evolução dos sintomas, terminando com a mensagem de que é possível buscar ajuda, de que ignorar a doença pode ser a pior saída. O vídeo está disponível no canal da autora no YouTube, CallMeKat. Além do filme sobre depressão, Katarzyna produziu um curta sobre os sintomas do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e um vídeo informativo sobre conviver com uma pessoa com transtorno depressivo.

Confira o vídeo abaixo, com legenda automática em português.

As misteriosas mulheres mascaradas do Iran

Mulheres mascaradas do Iran

O povo de Hormozagan, província localizada no sul do Iran, é conhecido como Bandari. A area onde está localizada foi um importante ponto de encontro na rota das especiarias, resultando em uma grande mistura étnica e cultura que incluía árabes, africanos, indianos e persas. Como resultado disso também, houveram profundas modificações na vestimenta das mulheres da região, com roupas coloridas e alegres em lugar do tradicional chador preto. Mas certamente o boregheh (mascaras), usadas por muitas Bandaris (sunitas ou xiitas) é a mais interessante delas.

Mulheres mascaradas do Iran

O uso dessas máscaras pelas mulheres Bandaris remonta a séculos e as raízes dessa tradição são obscuras, mas acredita-se que tenha começado durante o período de dominação portuguesa quando as mulheres escondiam o rosto para evitar serem levadas por senhores de escravos que procuravam mulheres bonitas.

boregheh também serve como proteção contra o Sol, que costuma ser muito intenso na região.

Muitos tipos de boreghehs, podem ser visto na província de Hormozagan, algumas cobrindo boa parte do rosto, enquanto outras são menores e revelam mais os olhos. O povo local consegue reconhecer a classe social da mulher pela padronagem e pelas cores usadas na máscara.

Ha ainda as máscaras em forma de bigode, usadas por mulheres de um vilarejo na ilha de Qeshm.


Foram elaboradas dessa forma ha muitos séculos, para dar as mulheres locais um ar mais masculino, confundindo os invasores que, acreditando se tratar de homens, acabavam sendo dissuadidos do intento.

Gostou? Leia mais em www.bbc.com

Garotos do Swing- a rebeldia sob o regime do nazismo




Do livro A Vida no Reich (parte de uma coletânea da revista História Viva) o fragmento abaixo narra brevemente a rebeldia dos Garotos do Swing, conhecidos por não se rederem facilmente ao que lhes era ditado na época. 

Leia um trecho do capítulo 3- O mito da raça superior

Enquanto toda a Alemanha parecia marchar em compasso atrás de seu líder, havia um pequeno, mas significativo, número de inconformados que escolheram dançar em outro ritmo. Apesar de ser necessária considerável dose de coragem para zombar abertamente dos ditames de um regime totalitário, os “garotos do swing”, como passaram a ser conhecidos, não eram estrategistas políticos. Nem todos eram, de fato, opositores do regime. Muitos deles eram, simplesmente, adolescentes determinados a exercer seu direito de fazer o que bem entendessem. Eles se ressentiam de receber ordens quanto ao que deveriam vestir, como cortar o cabelo e o que deveriam ouvir. O fato de estarem vivendo sob o regime mais repressor dos tempos modernos não os impediu de afirmar sua individualidade. 
Em meados da década de 1930, uma nova forma de jazz americano, mais acelerado e sincopado, eletrificava as ondas das rádios por todo o mundo e enchia as pistas dos salões de baile e clubes noturnos. Era o chamado swing, e a juventude alemã não via motivo para apenas ficar olhando o mundo livre se divertir dançando Jitterbug. O regime fizera saber que não aprovava a “música da floresta” e o que vinha junto: um visual mais ousado e colorido, visto como espalhafatoso e decadente. Para o governo, ambos eram parte de uma conspiração global para minar o nacional-socialismo e contaminar a cultura ariana. 
A música era condenada por, supostamente, encorajar o sexo casual, a bebida em excesso e relacionamentos íntimos inter-raciais. Então, os fãs de swing disfarçavam, fazendo festas em casas privadas e nos porões de bares e cafés, mas continuavam a ostentar um desafio público ao se vestir de modo chamativo e com penteados inspirados em artistas de cinema americanos. Os meninos penteavam o cabelo comprido para trás com brilhantina, em contraste com o cabelo curto obrigatório da Juventude Hitlerista, enquanto as meninas adotavam penteados longos e adereçados, sem as tradicionais tranças usadas pelas moças do BDM. 
Os garotos do swing vinham, sobretudo, das classes médias e altas da sociedade alemã, o que lhes permitia usar roupas e acessórios relativamente caros e seguir um estilo de vida mais hedonista. Havia variações regionais, mas os rapazes geralmente se identificavam usando zoot suits que iam até os joelhos e jaquetas folgadas trespassadas com lapelas largas, que viam em fotografias de cantores de jazz americanos, talvez com uma sobrecasaca como aquelas usadas pelos valentões dos filmes de gângster, como Humphrey Bogart e James Cagney. As barras dobradas nas calças eram obrigatórias, assim como sapatos com solados claros e um cachimbo. Um chapéu estilo Homburg, com a aba larga voltada para cima, completava o tipo.
As moças copiavam os ícones da moda de Hollywood tanto quanto as restrições sobre roupas, sapatos e cosméticos importados permitiam. O uso de maquiagem era malvisto pelos nazistas, que a viam como sinal de promiscuidade sexual e declaravam ser contrária à aparência saudável natural da mulher ariana, mas as mulheres aplicavam tanto quanto podiam e em cores tão berrantes quanto conseguissem encontrar. Era sabido que as esposas dos oficiais nazistas continuavam a usar batom, esmalte, máscara e pó de arroz na presença de Hitler, e, assim, as moças do swing não viam por que deveria ser-lhes negada a oportunidade de ficarem atraentes. 
Em desafio aberto à estética nazista, as meninas do swing imitavam o estilo magro, andrógino e de cintura pinçada popularizado pelas modelos parisienses, e os ternos com calças que as estrelas de cinema Katherine Hepburn e Bette Davies tornaram parte essencial de sua imagem. As atrizes de Hollywood deram às garotas modelos de comportamento elegantes e confiantes. Elas se deixavam fotografar afetando uma pose despreocupada, portando uma longa piteira, que as moças alemãs também copiaram, em desafio ao desprezo de Hitler com o fumo (a Alemanha foi o primeiro país a promover uma campanha antitabaco, encampada pelos nazistas). Além das roupas, um hepcat usava também gírias próprias e caminhava pelas ruas com atitude tranquila e desleixada – a antítese da disciplina estrita instilada nas escolas hitleristas. 
Os jovens do swing, porém, eram mais que um movimento de rebeldia jovem ou uma moda provocativa. Eles eram fãs apaixonados de uma música que, para eles, simbolizava liberdade pessoal. O fato de ela ser efetivamente banida na Alemanha significava que o simples fato de a ouvirem na BBC ou em transmissões americanas os colocava sob o risco de serem presos. No entanto, a proibição tornava tudo mais atraente.


Leia mais aqui. 

Depressão altera a percepção de cores

Depressão-
Vicent Van Gogh


É bastante comum o relato da percepção de cores em algumas situação emocionais e a correlação entre enxergar o mundo em tonalidades cinzentas e humor deprimido não é nenhuma novidade. 
Mas um estudo realizado por cientistas da Universidade de Fribur, na Alemanha, comprova que a depressão causa alterações na percepção das cores, tornando o indivíduo menos sensível a contrastes. 

Talvez por este motivo as obras de Vincent Vang Gogh eram sempre cheias de cores tão intensas. 

Leia o estudo (disponível apenas em Inglês) “Seeing Gray When Feeling Blue? Depression Can Be Measured in the Eye of the Diseased“, 

Rosa- 20 coisas que você provavelmente não sabia sobre essa cor.

20 coisas que você provavelmente não sabia sobre esse cor

1- Vamos começar desmistificando a ideia de que rosa é cor de meninas. Apenas 3% das mulheres do mundo citam o rosa como a sua cor predileta. Segundo as pesquisas, a maioria dos homens chega a dizer que não conseguem distinguir a cor entre o lilás;

2-Rosa para meninas, azul para meninos – essa convenção é tão conhecida que parece que sempre foi assim. Só que essa moda começou apenas em 1920. Originalmente, era uma cor masculina, razão pela qual o menino Jesus frequentemente aparece vestido com a cor. Isso significa que até 1900, o azul claro era, como a cor do manto da Virgem Maria, a cor para as meninas;

3- Ao mesmo tempo que o rosa se tornou feminino, se transformou também na cor da discriminação. Na 2ª Guerra, os homossexuais que não preenchiam o ideal de masculinidade dos soldados eram levado a uma campo de concentração, onde eram obrigados a usar, como sinal de reconhecimento, um triângulo rosa costurado à roupa;

4- São 50 tons de rosa catalogados pelo homem, entre eles, nomeados e conhecidos como quartzo rosa, magenta, antigo, bebê, rosa choque, rosa chá, rosa nude, pink, fúcsia...

Rosa- 20 coisas que você provavelmente não sabia sobre essa cor.
Cor rosa usada na cadeia

5-  Existe uma cor chamada Baker-Miller Pink ou Drunk Tank Pink (RGB: R: 255, G: 145, B: 175) que é muito usada nos Estados Unidos para acalmar detentos na cadeia. No final de 1960, depois de estudos, ficou comprovado que a escolha do tom, que coloriu as celas, refletia alterações correspondentes no sistema endócrino, o que produz hormônios, deixando os presos relaxados, já que o rosa reduziria a taxa cardíaca, o pulso e respiração;

6- Também é provado que pessoas com distúrbios mentais, normalmente agressivas, sentem-se mais tranquilas e dóceis na presença da cor rosa;

7- Pink é o nome que se dá, em inglês, ao cravo (nos Estados Unidos, o cravo se chama carnation, ao pé da letra, cor de carne). Na Inglaterra, pink é qualquer tom de rosa. Na Alemanha, quando se diz pink se pensa em um rosa forte, gritante, com uma tonalidade de violeta. Pelos entendidos em cores, é o famoso Magenta;

8- O movimento conhecido como Outubro Rosa nasceu nos Estados Unidos, na década de 1990, para estimular a participação da população feminina no controle do câncer de mama. A data é celebrada anualmente com o objetivo de compartilhar informações sobre a doença e promover a conscientização sobre a importância de sua detecção precoce;

9-Doce e suave, esse é o sabor que se espera do rosa. Cor dos confeitos, combina perfeitamente com as sobremesas;

10- Para muitos, o Magenta pode parecer uma mistura de rosa e violeta, mas ele é na verdade, o vermelho mais puro: não pode ser obtido pela mistura de qualquer tom, porque ele não contém nenhuma outra cor. Por isso que no design, ele é utilizado com cor básica;

11- O Magenta foi batizado com esse nome pelos químicos franceses em 1858, quando conseguiram produzi-la como cor de anilina. Magenta é uma cidade no norte da Itália, onde, pouco tempo antes, os austríacos haviam sido derrotados pelos franceses, na chamada batalha (sangrenta) de Magenta

12- Na maioria dos lugares do mundo, o pink – rosa choque – é considerada a mais vulgar das cores. É a cor dos objetos que não são sérios, dos acessórios berrantes e baratos;

13- Um coraçãozinho rosa, uma flor rosa, uma garotinha vestida de cor de rosa: os resultados dessas combinações resultam em velhos clichês. A cor se apresenta supérflua na criação artística quando está ali só para repercutir o tema. Mas quando o rosa é empregado contra a expectativa convencional, podem ser criadas proposições bem interessantes. Tente combinar o rosa com coisas grandes. Elefantes e dinossauros cor-de-rosa se tornam seres intrigantes, não?

14- Na Amazônia brasileira é famosa a lenda do boto-cor-de-rosa, ser fantástico que habita os rios e que nas primeiras horas da noite se transforma em um homem bonito que seduz as jovens;

15- Segundo a NASA existe um planeta rosa que orbita uma estrela bem parecida com o Sol, a 57 anos luz da Terra. A origem desse planeta, de cor que varia de um cereja escuro a um magenta, porém, é um mistério. Os pesquisadores conseguiram capturar uma imagem dele usando o telescópio Subaru, no Havaí. Sua cor rosada indica que ele tem menos nuvens encobrindo do que outros exoplanetas observados, o que significa que os estudiosos conseguem investigar mais a fundo a sua atmosfera e especular sobre quais são os componentes dela;

Rosa- 20 coisas que você provavelmente não sabia sobre essa cor


16- Os lagos rosas têm se popularizado entre turistas e fotógrafos do mundo. Sua cor impressionante ocorre graças a presença de microalgas como a Dunaliella salina que vive em locais com altos níveis de concentração de sal. Microalgas, ou bactérias, elas produzem um pigmento nesse tom que absorve e utiliza a luz solar para criar mais energia, deixando a água nesse tom;

17- Fúcsia é a denominação para um cor-de-rosa intenso e purpúreo, que existe nas flores da planta do mesmo nome. Foi dado em homenagem a Leonard Fuchs, botânico sueco do século XVI;

18-  Alguns cientistas afirmam que a cor de rosa teoricamente não existe, já que nenhum comprimento de onda da luz possui o tom, que requer uma mistura entre o vermelho e o roxo, extremos opostos no espectro visível. Na verdade, para eles, o rosa deveria ser chamado de “menos verde”, porque a cor rosada é o efeito da luz branca uma vez que você omite o verde;

19- Existe no mundo 5 espécies de flamingos, que se distinguem pelo tamanho e pela coloração. O flamingo-chileno é de menor porte e com tom mais claro, enquanto o flamingo-rosa, considerado o maior das 5 espécies, é de cor mais intensa. Os flamingos são animais filtradores que vivem próximos a água de onde provém sua dieta, composta principalmente de vegetação e invertebrados aquáticos. Em grande parte desses invertebrados está presente uma substância chamada cataxantina que confere ao animal a coloração rosada. Na falta dessa substância as penas tornam-se esbranquiçadas. Legal, não?

20- Madame de Pompadour (1721 – 1764), símbolo do estilo Rococó, era amante da arte e com um gosto altamente sofisticado. Ela trouxe à moda a combinação do rosa com azul-claro, uma mistura difícil de ser preparada. Por causa dela, uma fábrica de porcelanas criou o “Rosa Pompadour“, um tom com nítidos traços de azul, um pouco de preto e de amarelo;


Adaptado de Follow the colours

Obesidade na Psicanálise


Venus- por Fernando Botero
Vênus, por Fernando Botero- 2005

Tão recorrente na atualidade, o tema obesidade parece nunca se esgotar, permitindo uma ampla e variada possibilidade de abordagens diferentes. Mas ainda é pouco comum ver a análise desse assunto sob o ponto de vista psicanalítico e geralmente o papel da mente no processo de obesidade acaba sendo negligenciado.
Nesse sentido. o estudo de dois casos publicados pela psicoterapeuta e psicanalista Maria Alice Azevedo, em colaboração com a
Dra Cleunice Spadotto, lança luz sobre o enfoque psicológico deste problema, sob a abordagem psicossomática.

Confira o artigo aqui.

Estudo psicológico da obesidade: dois casos clínicos



Céu da Semana- 09 a 15 de Janeiro de 2017



Confira as efemérides astronômicas para a segunda semana de Janeiro.

Segunda curta- Reset

Reset



Sinopse:

Sophie vive com sua mãe em uma isolada fazenda no meio do nada, mas o lugar esconde um segredo e ele é muito pior do que ela poderia imaginar.

O curta dirigido por Kryler Åkerström, explora o que ele mesmo chama de o maior medo da infância, o medo da perda dos pais e consequentemente da segurança oferecida por eles.

Assista abaixo e não deixe de conferir a análise do blog Cinegnose.





RESET SHORT FILM - English subtitles from Kryler Åkerström Film on Vimeo.

Motivo da inatividade do Mural Filosófico.

Motivo da inatividade do Mural Filosófico.

Quem acompanha o site sabe que desde 2015 eu não o atualizo e tentarei explicar a razão disso.
Com tantas outras possibilidades de investimento libidinal, bem como processo de produção e publicação do livro Anima Poiesis (leia sobre isso aqui), acabaram contribuindo para a redução e posteriormente a completa estagnação do MF.
Mas não foi apenas isso. Houveram também outras questões que contribuíram para essa pausa dramática que acabou durando mais de um ano.
Numa sociedade em que tudo precisa dar retorno e que de preferência ele seja imediato, ter um site que fala sobre filosofia, ciência e afins, que não é monetizado e tem pouco engajamento (poucos comentários e etc) é considerado por muitos um desperdício de tempo. Eu mesma cheguei a considerar isso, principalmente quando tempo se tornou uma moeda da qual eu pouco dispunha, me obrigando a direcionar minha libido para outras atividades mais urgentes.
Em Biologia costuma-se dizer que quando um animal em um dado habitat consegue se reproduzir é por que as condições do local onde ele se encontra estão favoráveis a manutenção da vida. Eu digo que a produção intelectual se dá da mesma maneira e quando o ambiente não está favorável ao pensamento criativo, tem-se a seleção natural da criatividade, obrigando o individuo a pensar de forma mais prática e menos abstrata. Talvez seja por isso que é tão difícil ver pessoas que vivem na miséria publicando tratados filosóficos sobre a origem do universo. Não é que essas não sejam capazes de pensar de forma elaborada, é somente por que não as condições não permitem.
Felizmente a miséria não foi o motivo da minha ausência. Foi a adaptação a uma nova rotina que me obrigou a reorganizar a libido e acabou me levando a negligenciar algumas coisas.
Além disso, ouvir de algumas pessoas que os temas abordados pelo MF são chatos e aborrecidos não deveria ser motivo para esmorecimento, mas para uma pessoa que ainda estava em pleno momento de reavaliação e redistribuição da libido, o mínimo feedback negativo pode ser decisivo para o desfecho de algumas decisões.
No caso do MF não houve precisamente uma decisão, mas a ausência dela, se arrastando por meses e meses até culminar neste momento em que escrevo para pedir as devidas desculpas às cinco ou seis centenas de leitores assíduos do site. Espero que a promessa de mantê-lo, de agora em diante, atualizado com o melhor conteúdo possível, seja suficiente para preencher o vazio desse vácuo de quase um ano e meio.
E vamos seguindo...

Jamile Cesar.

Morre Zygmunt Bauman, o criador do conceito de modernidade liquida.

Quem foi Zygmunt Bauman


Falecido na última Quarta-feira (9), em Leeds, na Inglaterra, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman deixa um legado de mais de cinquenta obras recheadas de pensamentos e novo conceitos a acerca de temas como consumismo, globalização e relações humanas.

Definido pelo jornal El País como um homem que falava devagar porque lapidava cada uma de suas frases, um fio de ideias que daria para mais livros do que assinou em sua prolífica carreira. Bauman nos presenteou com profundas análises sobre as transformações sofridas pela sociedade pós moderna, definindo o conceito de modernidade liquida.

Neste vídeo de um entrevista concedida por ele ao programa Milênio, do canal Globo News, o autor explica um pouco o conceito.



Boa parte das obras de Bauman foram traduzidas para o português, mas nem sempre é fácil encontrar seus livros para download.
Entretanto, para quem tem interesse em conhecer melhor o conceito de modernidade liquida, é possível ter acesso online ao livro aqui.

Abaixo, veja algumas das principais citações do autor.

“Numa sociedade sinóptica de viciados em comprar/assistir, os pobres não podem desviar os olhos; não há mais para onde olhar. Quanto maior a liberdade na tela e quanto mais sedutoras as tentações que emanam das vitrines, e mais profundo o sentido da realidade empobrecida, tanto mais irresistível se torna o desejo de experimentar, ainda que por um momento fugaz, o êxtase da escolha. Quanto mais escolha parecem ter os ricos, tanto mais a vida sem escolha parece insuportável para nós.”
(Do livro Modernidade Liquida)



“Na hierarquia herdada dos valores reconhecidos, a ‘síndrome consumista’ destronou a duração, promoveu a transitoriedade e colocou o valor da novidade acima do valor da permanência.”
                                                                                                                            (Do livro Vida Liquida)





"Em nosso mundo de furiosa individualização, os relacionamentos são bençãos ambíguas. Oscilam entre o sonho e o pesadelo, e não há como determinar quando um se transforma no outro. Na maior parte do tempo, esses dois avatares coabitam - embora em diferentes níveis de consciência. No líquido cenário da vida moderna, os relacionamentos talvez sejam os representantes mais comuns, agudos, perturbadores e profundamente sentidos da ambivalência."
                                                                                                                           (Do livro Vida Liquida)  

A ciência por trás da Sexta-feira 13

Azar


As razões pelas quais a sexta-feira 13 é considerada uma data de má sorte são variadas. Mas, de qualquer modo, trata-se de duas superstições misturadas: a que aponta a sexta como o dia da semana mais perigoso e a chamada triscaidecafobia, ou seja, o medo do número 13.

A sexta-feira carrega sua má fama, segundo estudiosos bíblicos, por ter sido o dia em que Jesus foi crucificado e no qual Eva mordeu a maçã proibida. Com relação ao número 13, além das explicações mitológicas, existe um embasamento lógico: é o que segue o 12, o número integral, da completude: doze são os meses do ano, os signos do zodíaco; doze eram os apóstolos de Cristo e as tribos de Israel. Portanto, o 13 vem desmantelar essa perfeição, trazendo perigo e preocupação.

São muitos os cientistas que ficaram tentados em colocar à prova os efeitos dessa superstição. Por isso, compararam números de acidentes de trânsitos, de feridas por facadas, de suicídios ou de emergências de hospitais com outros dias da semana com a sexta-feira 13. À exceção das feridas por facadas, nenhum outro número sofreu variações na sexta 13. E, de qualquer forma, a variação pode se dever não à maldição da data, mas ao medo que ela provoca e seus efeitos nas pessoas. Porque o que está, de fato, comprovado cientificamente é que os seres humanos (e os animais) são supersticiosos.

Especialistas mencionam a tendência do cérebro a ter tudo sob seu controle: quando isso é impossível, ele aceita a entrada de rituais e crenças que lhe dão tranquilidade. Em relação aos animais, em 1948, foi realizado um experimento com oito pombos, no qual lhes era dada comida sem nenhum motivo aparente. As aves, então, repetiam os movimentos que haviam realizado antes de receber a comida, embora não houvesse relação causal entre suas ações e o resultado – esse comportamento foi considerado supersticioso pelos cientistas. Dessa forma, podemos dizemos que o fenômeno da superstição, tão relacionado à sexta-feira 13, ultrapassa as barreiras humanas, sendo algo praticamente instintivo – tanto nosso quanto dos animais.
Fonte: ABC 

30 curiosidades sobre o Ebola

imagem de vírus Ebola

1-O Ebola é uma doença infectocontagiosa transmitida pelo vírus de mesmo nome cuja principal manifestação é a hemorragia interna e externa. 

2- Um estudo publicado pela revista Nature em 2005, sugere que ele tenha se originado de morcegos que ao se alimentarem de frutas, acabavam infectando-as com o virus que posteriormente era transmitido para os macacos que se alimentavam das mesmas. (veja o artigo aqui)

3-Em humanos o vírus se espalha por meio de contato com sangue e fluídos contaminados, ficando em encubação por um período que varia entre dois dias e três semanas. 

4-A morte vem em decorrência da hemorragia que leva a falência múltipla dos órgãos em 50 a 90% dos casos, dependendo da variável viral. 

5-Depois disso o vírus pode permanecer vivo por até dois ou três dias mesmo estando fora do hospedeiro.

6-Caso o paciente chegue a ser curado, o vírus ainda pode permanecer por sete meses no organismo, podendo ser transmitido através de relações sexuais.

7- Em alguns casos o vírus do Ebola pode se alojar nos olhos, alterando a coloração da iris. (veja matéria aqui)

8-  O vírus do Ebola também é mestre em evadir as defesas naturais do corpo: ele bloqueia os sinais enviados para as células chamadas neutrófilas, as células brancas que têm a responsabilidade de soar o alarme para o sistema imunológico entrar em ação e atacar.

9- Na verdade, o Ebola infecta as células imunológicas e as usa para viajar para outras partes do corpo – incluindo o fígado, os rins, o baço e o cérebro.

10- Algumas pessoas podem ser imunes ao vírus, pois suas células não apresentam determinados marcadores que possibilitam a sua entrada. 

11- Apesar de existirem inúmeras pesquisas em torno do desenvolvimento de vacinas e medicamentos, não há uma cura comprovada para o ebola.

12- Apesar da preocupação com triagens e quarentenas nenhum aeroporto no mundo tem capacidade de detectar se uma pessoa está infectada pelo vírus no estagio inicial (quando não há febre ou outros sintomas).

13- Exames de sangue podem ajudar a identificar o vírus, mas eles são analisados em laboratórios e o resultado pode levar horas.

14- Os profissionais de saúde que utilizam a vestimenta de proteção, precisam trocá-las a cada 40 minutos. 
Vestimenta para epidemia de Ebola

15- Colocar todas as peças leva cinco minutos - tirá-las leva, com a ajuda de outra pessoa, 15 minutos. Durante esse processo, as pessoas estão mais suscetíveis ao contágio com ebola, por isso são descontaminadas com cloro.

16- A temperatura interna dentro do uniforme pode chegar a 40°C

17- A auxiliar de enfermagem espanhola confirmada com ebola contou ter entrado duas vezes no quarto de um dos dois pacientes que estava ajudando a tratar - primeiro, para ajudar a tratar o paciente, e depois para desinfetar o ambiente após a sua morte.Nos dois casos, ela usou o equipamento protetor completo. Acredita-se que ela tenha sido infectada quando tirou a roupa. (veja a notícia aqui)

18- Água e sabão ou gel bactericida rapidamente rompem a cápsula que envolve o vírus. Um método de descontaminação facilmente acessível em regiões remotas é o uso de detergentes diluídos em água.

19- Apesar das suspeitas, nunca houveram casos confirmados de Ebola no Brasil.

20- Até o ano de 2014 o Ebola já havia deixado mais de 3,7 mil crianças orfãs.

21- Segundo a OMS, o vírus foi diagnosticado pela primeira vez em humanos em 1976, no Sudão e na República Democrática do Congo.

22- O surto ocorreu em uma aldeia perto do rio Ebola, daí o nome da doença. Cerca de 500 pessoas foram infectadas e 400 morreram.

23- Desde então, várias cepas do vírus surgiram no continente africano e para cada uma delas há um conjunto de sintomas característico.

24- Existem, até o momento, cinco cepas do vírus Ebola; Bundibugyo, Costa do Marfim, Reston, Sudão e Zaire, nomes dados a partir de seus locais de origem.

25- A cepa Reston é a única que apesar de infectar humanos não desenvolve nenhuma doença.

26- Uma vez infectado por uma destas cepas o individuo se torna imune a ela, mas continua passível de contaminação pelas outras.

27- O Ebolavirus é membro da família Filoviridae que abriga um grupo de vírus letais aos seres humanos, incluindo o vírus Marburgo.

28- A febre hemorrágica de Marburgo, teve epidemias conhecidas em 1967 (a primeira), e depois em  2007-2014 (cujo epicentro foi Uganda).

29-Tanto a doença quanto o vírus estão relacionados com o Ebola e têm origem na mesma área geográfica (Uganda e Quénia ocidental). A sua fonte é uma zoonose de origem desconhecida.

30- O cineasta Ridley Scott (‘Prometheus’, ‘Blade Runner’) levará para a TV a história sobre a epidemia de ebola, mas ainda não há uma data definida para a estréia. (veja aqui)

Por que sonhamos?

Por que sonhamos?


“O sonho é a estrada real que conduz ao inconsciente”. 
(FREUD, 1898 e1899)
Embora a ciência ainda não tenha uma resposta conclusiva, a psicanálise nos diz que dormir resulta em sonhar e sonhar é uma necessidade neurofisiológica. Estudos do campo da Psicologia têm determinado que a privação do sono pode ocasionar sérias consequências.

Para entender melhor o sonho, a psicologia se ocupou de entender o funcionamento do sono e acabou descobrindo, por exemplo, que o mesmo pode ser dividido em etapas (REM-NREM)

As descobertas de Freud, de que os sonhos têm um conteúdo psicológico fundamental, revolucionaram o estudo da mente. Antes, os sonhos eram tidos como meras junções de imagens desconexas, provocados por estímulos fisiológicos.
Depois disso compreendeu-se que sonhar é uma linguagem simbólica, pela qual se manifesta nosso inconsciente – espécie de porão da mente onde habitam fantasmas psíquicos, como conflitos não resolvidos e desejos reprimidos, que acabam governando todo o nosso comportamento.

Acredita-se também que, com isso, o sonho tenha uma função auto-reguladora de equilíbrio psicológico. “É através dele que fazemos a digestão dos acontecimentos do dia”, afirma Marion Rauscher Gallbach, do Instituto de Psicologia da USP. Já do ponto de vista neurofisiológico, existem outras funções cerebrais que seriam despertadas quando sonhamos. “Uma das principais é a manutenção da memória. Sonhar tanto guarda lembranças em arquivos de longa duração, quanto apaga informações não usadas”, diz Rubens Reimão, neurologista do Hospital das Clínicas de São Paulo.



Gelo em Plutão- Sonda New Horizons descobre vulcões que expelem gelo.

Sonda New Horizons
Piccard Mons (à esq.) e Wright Mons (à dir.); as cores da imagem divulgada pela Nasa indicam a altura: azul é baixo, verde é intermediário e marrom é alto

Enquanto os vulcões da terra expelem lava incandescente, os possíveis vulcões de Plutão expelem uma mistura de água, nitrogênio e metano.

Embora os pesquisadores da Nasa ainda necessitem de mais informações para confirmar essa hipótese, ela já se configura como a mais provável pois já havia sido sugerida anteriormente.

Os dois candidatos a vulcões de Plutão foram encontrados a sul de Sputnik Planum, planície lisa no equador do planeta.

Eles têm sido informalmente chamados de Wright Mons e Piccard Mons. Sua forma lembra, na Terra ou em Marte, a dos vulcões-escudo – extensos vulcões formados por repetidas erupções de fluídos de baixa viscosidade.
Caso se confirme, será a mais impressionante descoberta sobre o planeta dos últimos tempos.


Veja também: O Sol em Ultra HD




A solidão



A solidão é um estado de espírito que pode se dar e ser percebido de diversas formas. Não se dá necessariamente na ausência do outro, às vezes ela ocorre mesmo quando se está rodeado de pessoas. Para alguns é uma cruz dolorosa, ao passo que pra outros é um momento necessário, um suspiro em meio a sufoco.

Fernando Pessoa diz que se te é impossível viver só, nasceste escravo, ao passo que Sartre completava com a afirmativa de que o inferno são os outros. Mas até que ponto a solidão nos é favorável ou não?

Eu poderia começar dizendo algo sobre o mundo de hoje ou a sociedade atual e blá, blá, blá... mas isso seria quase uma falácia, pois apesar das inegáveis mudanças que emprestaram a nossa sociedade uma estrutura ímpar, não se pode negar também que mesmo com o decurso dos séculos os seres humanos sempre sofreram de praticamente os mesmos males, vestidos em novas roupagens.

A questão da solidão é, sem sombra de dúvidas, uma das sombras mais antigas do homem, pois desde o neolítico os indivíduos da nossa espécie se descobriram como social. Aos solitários e exilado os perigos da vida selvagem onde a ausência de um grupo era fator determinando para a continuidade da sua linhagem. O solitário morria e seus genes não seriam passado adiante.

Nós somos os filhos daqueles que se uniram e conseguiram conviver em grupo, somos a descendência dos que deram início ao que se chama de sociedade. Por isso não há nada mais natural que o temor a solidão, um medo ancestral do isolamento, do exílio.

Contudo, não se deixe enganar, pois ha muito a solidão foi generalizada e desde que se descobriu que explorar os medos do homem é uma forma eficaz de mover a esmagadora roda da indústria, a solidão passou a ser vendida como um monstro cruel, cujo lado positivo é sempre ocultado.

No tuntz tuntz da balada, no riso solto entre amigos ou no brilho pálido da tv não se tem apenas diversão, mas também fuga, pois com o tempo nossa sociedade passou a acreditar que só podemos ser se estivermos sob a vista de alguém. Não estou dizendo que tais coisas devem ser evitadas, longe de mim a hipocrisia, pois eu mesma sou uma grande apreciadora de todas elas. Mas observe que toda a natureza tende ao equilíbrio, pois toda luz intensa projeta também uma grande sombra e os momentos de solidão, desde que se transformem em um muro intransponível entre você e os outros, deve ser sim administrado em doses contínuas.

Estar na companhia de si mesmo é para muitos assustador, pois é no silêncio de nós mesmos que observamos nossas sombras, sombras estas que não deveriam ser negadas, mas sim analisadas e compreendidas. Fugir dos nossos defeitos e das pequenas coisas que desagradam a nós mesmos, não é ser feliz, é ser tolo acreditando que é possível passar a vida toda fingindo para si mesmo. Mas acredite, você pode fugir de qualquer coisa nesse mundo, exceto de si mesmo, pois sua consciência jamais lhe permitirá um único segundo de solidão.

Mas e quanto àqueles que são solitários por não serem aceitos em determinado círculo ou se sentem pouco à vontade em meio a algumas pessoas? Estes estão condenados?
Ora, acredita mesmo que em uma sociedade formada por sete bilhões de pessoas, não haja lugar para você? Quem lhe dá a condenação se não você mesmo que se acredita condenado?
E quanto ao que não se sente a vontade na companhia dos outros não deve haver então motivo de queixa, pois não há obrigação nenhuma além daquelas que você se impôs.

O que não podemos é abandonar o equilibrio e não será nas páginas de um blog ou em uma pesquisa no google que você o encontrará. Para isso é necessário antes uma análise de si mesmo, um momento de solidão para analisar o que o incomoda a ponto de buscar fora de si uma resposta.


Por Jamile Cesar

O Sol em Ultra HD

Essa semana a NASA publicou um vídeo do Sol como você nunca viu (literalmente). São 30 minutos de vídeo em Ultra HD.

O Ultra HD (4K) é a tecnologia que garante telas com resolução de 3840 x 2160 pixels, totalizando 8.294.400 pixels no painel da TV. O Full HD, por exemplo, tem um total de 2.073.600 pixels. Ou seja, uma TV 4Ktem exatamente quatro vezes mais pixels do que uma TV Full HD

O clipe foi feito com cenas capturadas pelo Solar Dynamics Observatory (SDO), que registra imagens do astro constantemente.

"O SDO registra as imagens do astro em dez diferentes faixas de comprimento de onda, cada uma delas destaca uma diferente temperatura do material solar", de acordo com o Goddard Space Flight Center, da Nasa.

As diferentes temperaturas podem mostrar características específicas do sol, como explosões solares, que consistem em explosões enormes de luz e raios-X.

Na visão da Nasa, o vídeo apresenta em íntimos detalhes o fogo nuclear da estrela que nos deu a vida.

O conteúdo, que pode ser visto a seguir, é o resultado de 300 horas de trabalho, o que significa que foram necessárias 10 horas de trabalho de cientistas para criar um minuto de filmagem. Confira.


Os pastores da noite - Jorge Amado



Pastoreávamos a noite como se ela fosse um rebanho de moças e conduzíamos aos portos da aurora com nossos cajados de aguardente, nossos toscos bastões de gargalhadas. E, se não fôssemos nós, pontais ao crepúsculo, vagarosos caminhantes dos prados do luar, como iria a noite – suas estrelas acendidas, suas esgarçadas nuvens, seu manto de negrume – como iria ela, perdida e solitária, acertar os caminhos tortuosos dessa cidade de becos e ladeiras? Em cada ladeira um ebó, em cada esquina um mistério, em cada coração noturno um grito de súplica, uma pena de amor, gosto de fome nas bocas de silêncio, e Exu solto na perigosa hora das encruzilhadas. Em nosso apascentar sem limites, íamos recolhendo a sede e a fome, as súplicas e os soluços, o estrume das dores e os brotos da esperança, os ais de amor e as desgarradas palavras doloridas, e preparávamos um ramalhete cor de sangue para com ele enfeitar o manto da noite. 

Do livro OS PASTORES DA NOITE, de Jorge Amado.