Critica à aceitação da liberdade feminina

 A mulher atual vive em um contexto que  a alguns anos atrás seria considerado uma loucura desvairada. Votamos, casamos, separamos, trabalhamos, nos divertimos, expressamos nossas opiniões, somos ouvidas, fazemos a diferença e acima de tudo; escolhemos!  Mas será que estamos preparadas para vivenciar ou deixar que vivenciem esta liberdade?
 A menina de hoje não é mais criada para ser a dona de casa perfeita, já recebe orientação sexual desde muito jovem e pode escolher os seus próprios parceiros, mas por trás de toda essa liberdade há sempre uma forma muito velada de continuar promovendo a opressão.
 Mulheres que saem para balada e se relacionam com quem desejam, normalmente são vistas como promiscuas. Mulheres que apenas trabalham e não se relacionam com o sexo oposto são vistas como frígidas ou lésbicas (nada contra estas últimas, mas sim contra o preconceito) e assim por diante, numa vasta gama de adjetivos mal calculados.
 A mulher que vive sua vida, sem se preocupar com a opinião alheia, é taxada das mais hediondas coisas e o pior de tudo isso é que, muitas vezes, são as próprias mulheres que lançam críticas e observações inescrupulosas ao comportamento desta ou daquela outra que não se prendeu aos grilhões sociais. Porovocando o asco, e eu diria até a inveja, das que não tiveram ousadia para tal.
 Precisamos repensar o nosso comportamento, principalmente no que tange o nosso julgamento com relação as ações dos outros, pois muita vezes estamos atirando pedra em pessoas que agem da forma como gostaríamos de ter agido em algum momento de nossas vidas.

Escritora, fotógrafa e naturalista.

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