Da criação da Lua (por sumérios e chineses)

O deus Nanna, sentado em seu trono

No início dos tempos, tudo era o vazio, havia apenas Nammu, envolto pelo nada, a pela escuridão. E tudo permaneceu assim por aquilo que se convencionou chamar de muito, muito tempo. Até que um dia, embora os dias ainda não existissem, enrolando-se sobre si mesmo, Nammu deu origem a Anu (deus do firmamento) e Antu (deusa terra). E estes, por sua vez se uniram dando origem a Enlil (senhor dos ventos), que por sua força e valentia, tornou-se líder de todos os que vieram depois. 

Mas o mesmo espírito que lhe conferia bravura, também lhe conferia outras características não tão louváveis, pois aquele que é o portador das tempestades, nem sempre soube onde ficavam os limites de sus atos. Por isso, Enlil violentou sua irmã Ninlil e por este ato foi banido de Dilmun (a morada dos deuses). Mas nem todo mal é de tudo um mal e por isso Ninlil deu a luz a Nanna (deus lunar), aquele que viria a iluminar as negras noites humanas. 

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Pan Gu e os quatro dragões celestes

Tudo era caos, tudo era escuridão, e além disso nada além d um grande ovo cósmico. Mas dentro deste ovo havia algo e esse algo se chama Pan Gu. E como nada permanece imóvel e inalterado para sempre, Pan Gu um dia se mexeu. E quando fez isso o ovo se rompeu, e quando se rompeu deixou fragmentos, a parte escura se tornou a terra, e a outra parte se tornou o céu. E este foi o início de todas as coisas, mas também o início do Yng Yang (as forças opostas do universo)

Durante 18 mil anos Pan Gu cresceu,  e a cada dia que passava ele ficava maior, separando cada vez mais o céu e a terra. E enquanto empurrava também o moldava, e com a força do seu trabalho mais belo o tornava. Até que um dia, exausto de tanto trabalho, Pan Gu adormeceu e morreu, mas antes de morrer criou os quatro dragões celestiais, que lhe ajudaram a terminar de moldar o universo. E quando finalmente Pan Gu morreu, o seu corpo se tornou o mundo em que vivemos, e os seus olhos, cheios de brilho, se tornaram o Sol e a Lua