Li certa feita o livro Dom Quixote de La Mancha, de Cervantes, não foi um dos melhores que já li, mas ele tem uma certa especialidade. Dom Quixote trás uma mensagem que dissemina pelo tempo a fora, que ultrapassa barreiras e consegue tocar no melhor do ser humano; a imaginação. Até onde ela deve ser estimulada, até onde ela dele ser levada e alimentada?
Todos nós temos nossos moinhos de ventos, temos nossos dragões imaginários, nossos gigantes sanguinários e nossas donzelas em perigo. Por isso, chamar Dom Quixote de louco é incorrer em um grave erro, visto a indefinição da própria loucura em si. A coragem de viver seus sonhos, de acreditar piamente na suas realidades, de permitir que sua mente devaneie pelos labirintos criados por ela mesma, não é loucura,é, antes disso, a a maior prova de sanidade mental, uma prova da vivificação da mente. Quixote é louco por que vive por ele mesmo, vive uma vida a partir da sua própria mente, representando a renuncia a uma vida que o homem vem vivendo há muito tempo, uma vida enjaulada pelas grades dos dogmas e costumes que lhe tolhem a imaginação.
O que quero dizer com este texto é que devemos ter nossos dias de Dom Quixote, lutar contra moinhos de vento, criar nossa própria realidade, deixar de viver uma vida limitada por regras que você, provavelmente, contribuiu para cria-las, que o espirito da liberdade de Quixote invada sua alma, que você se permita viver seu sonho, que você enfrente os seus inimigos imaginários ou não, com coragem no coração. De brinde você ganhará o apelido de doido, mas nesta sociedade insana em que vivemos o título de loucura é apenas um atestado de sanidade.
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Nome: Fernando Mattos
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