Ah, se eu não fosse Alexandre, queria ser Diógenes.

Diógenes e Alexandre- Por Nicolas-André Monsiau


"Procuro um homem honesto!" Bradava ironicamente pelas ruas...
Era assim que Diógenes (413 - 323 a.C), carregando sua lanterna e seus trapos, acompanhado dos cães e do ideal cínico, vivia pelas ruas.
Buscava um homem que vivesse segundo a sua essência. Procurava um homem que vivesse sua vida superando as exterioridades exigidas pelas convenções sociais como comportamento, dinheiro, luxo ou conforto. Ele buscava um homem que tivesse encontrado a sua verdadeira natureza, que vivesse conforme ela e que fosse feliz.
Diógenes em seu barril- Por Jean-Léon Gérôme
Por que os cães? Ora, não são os cães os grandes companheiros do loucos e mendicantes? Não apenas isso.
Para Diógenes nossas reais necessidades aquelas que nos impõe a nossa condição animal, como nos alimentar por exemplo.Tal qual os cães que também não possuem objetivos para viver, não precisam responder pelos seus atos para a sociedade, não precisam de casa ou conforto. É nas necessidades básicas dos animais que o homem deve se espelhar para conduzir sua vida.
Se concordo com isso? Não, isso não vem ao caso por hora, o que importa entretanto é a moral da história.
Em seu encontro com Alexandre O Grande, o mesmo perguntou a Diógenes o que poderia fazer por ele. Dada as condições do encontro e a filosofia do cínico eis que veio a resposta:
"Não me tires o que não me podes dar! Deixa-me ao Sol." Disse Diógenes que encontrava-se ao chão sob a sombra de Alexandre.
"Ah, se eu não fosse Alexandre, queria ser Diógenes." 


Ainda sobre filosofia...

Escritora, fotógrafa e naturalista.

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