Falecido na última Quarta-feira (9), em Leeds, na Inglaterra, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman deixa um legado de mais de cinquenta obras recheadas de pensamentos e novo conceitos a acerca de temas como consumismo, globalização e relações humanas.
Definido pelo jornal El País como um homem que falava devagar porque lapidava cada uma de suas frases, um fio de ideias que daria para mais livros do que assinou em sua prolífica carreira. Bauman nos presenteou com profundas análises sobre as transformações sofridas pela sociedade pós moderna, definindo o conceito de modernidade liquida.
Neste vídeo de um entrevista concedida por ele ao programa Milênio, do canal Globo News, o autor explica um pouco o conceito.
Boa parte das obras de Bauman foram traduzidas para o português, mas nem sempre é fácil encontrar seus livros para download.
Entretanto, para quem tem interesse em conhecer melhor o conceito de modernidade liquida, é possível ter acesso online ao livro aqui.
Abaixo, veja algumas das principais citações do autor.
“Numa sociedade sinóptica de viciados em comprar/assistir, os pobres não podem desviar os olhos; não há mais para onde olhar. Quanto maior a liberdade na tela e quanto mais sedutoras as tentações que emanam das vitrines, e mais profundo o sentido da realidade empobrecida, tanto mais irresistível se torna o desejo de experimentar, ainda que por um momento fugaz, o êxtase da escolha. Quanto mais escolha parecem ter os ricos, tanto mais a vida sem escolha parece insuportável para nós.”
(Do livro Modernidade Liquida)
“Na hierarquia herdada dos valores reconhecidos, a ‘síndrome consumista’ destronou a duração, promoveu a transitoriedade e colocou o valor da novidade acima do valor da permanência.”(Do livro Vida Liquida)
"Em nosso mundo de furiosa individualização, os relacionamentos são bençãos ambíguas. Oscilam entre o sonho e o pesadelo, e não há como determinar quando um se transforma no outro. Na maior parte do tempo, esses dois avatares coabitam - embora em diferentes níveis de consciência. No líquido cenário da vida moderna, os relacionamentos talvez sejam os representantes mais comuns, agudos, perturbadores e profundamente sentidos da ambivalência."
(Do livro Vida Liquida)
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