O Leão Vermelho (De Mária Szepes)

Mária Szepes
O Leão Vermelho foi um livro que li,  inicialmente com relutância, mas posteriormente com curiosidade. Confesso que tirei ele da prateleira umas duas vezes, comecei a ler as primeiras páginas e acabei desistindo. Mas por fim, o ócio venceu a relutância e acabei continuando a leitura por falta do que fazer. E não é que acabei gostando do livro.  E agora, eis que farei minhas considerações sobre o mesmo.
 Este Best Seller foi escrito em 1946 por Mária Szepes, uma autora húngara, (que até então eu nunca tinha ouvido falar) em plena época do stalinismo e conta uma história cheia de referencias ocultistas.
 O personagem central é o jovem Hans Burgner, que vive sua existência miserável e limitada com o seu terrível medo da morte e da pobreza. Por golpe do destino ele acaba conhecendo Rochard, um alquimista que estava de passagem na região visitando um antigo amigo. Hans decide ser empregado de Rochard com a intenção de aprender os mistérios da alquimia e consequentemente obter o elixir da vida eterna, mas acaba tendo suas expectativas frustradas pelo próprio Rochard, que percebendo a imaturidade espiritual do mesmo, se nega a introduzi-lo nas artes ocultas. Porém, como era de se esperar, Hans não se dá por satisfeito e resolve assassinar o seu mestre para lhe roubar o elixir da vida eterna. A partir daí toda a história se desenrola, pois Hans começa a ver com clareza toda a rede cármica que se estende a sua volta e os motivos que o levou a cometer tal ato, levando-o ao arrependimento e a sua corrida pela correção de suas falhas.
   Cheio de elementos ocultistas, O Leão Vermelho é o tipo de livro para quem se interessa pelo tema e ainda assim engana no início, pois o primeiro capítulo é um pouco monótono e sem grandes atrativos, mas a partir do segundo capítulo a história começa a se desenrolar e o leitor começa  se envolver mais.  É um bom romance mas não será apreciado por que não tem a mente aberta.

Escritora, fotógrafa e naturalista.

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