As principais mudanças que a tecnologia causou em nosso cérebro.



A tenologia alterou a fisiologia do cérebro humano, agora pensamos, sentimos e sonhamos de formas diferentes. Presente em nosso cotidiano de forma abrangente e constante, ela vem interferindo em vários campos como na memória, na concentração e nos ciclos de sono.
Tal fenômeno é conhecido como neuroplasticidade , ou a capacidade do cérebro alterar o seu comportamento com base em novas experiências, que neste caso essa é a riqueza de informações oferecidas pela Internet e sua vasta gama de possibilidades interativas.

Alguns especialistas cognição têm elogiado os efeitos da tecnologia sobre o cérebro, louvando a sua capacidade de organizar nossas vidas e libertar nossas mentes para o pensamento mais profundo. Outros, porém, teme que a tecnologia tenha aleijado nossa capacidade de atenção, criatividade e nos tornado impacientes e ansiosos quando se está diante dos analógicos.
Abaixo veremos as principais mudanças sofridas pelo nosso cérebro com o uso contínuo da tecnologia.



As cores dos nossos sonhos mudaram.
E isso é culpa da TV. Da mesma forma que, há alguns anos, também era culpa da TV que muita gente tenha passado a sonhar em preto e branco. Explicamos - antes da popularização da telinha, nossa psique era influenciada pelo mundo ‘real’. Quando passamos a dedicar boa parte do dia aos programas da televisão, eles também começaram a deixar impressões em nosso subconsciente. A maior prova é um estudo da Universidade de Duke, que analisou registros de sonhos de dois grupos: adultos acima de 55 anos, que passaram anos de suas vidas vendo TV em preto e branco, e pessoas mais jovens, já nascidas após a era do Technicolor. O primeiro grupo tinha uma tendência maior a ter sonhos em p&b. Já o segundo, tinha sonhos mais coloridos. A Associação de Psicologia Americana reproduziu o experimento e comprovou seus resultados.

Estamos tendo mais dificuldade para dormir.

Uns terminam a noite assistindo o último episódio de sua serie favorita, outros rolando o infinito feed de notícias do facebook, ou ainda lendo o PDF de algum livro recém lançado, mas os que talvez ninguém saiba é que essa rotina comoda e confortável pode estar alterando o nosso padrão de sono. 
Os neurocientistas acreditam (com base em observações e estudos), que o brilho emitido pela tela dos laptops, ipads e smartphones, envia leves sinais para o nosso cérebro que acabam confundindo os hormônios reguladores do ciclo do sono. A longo prazo essa exposição contínua pode levar a uma sensível alteração do ciclo do sonos, especialmente naqueles que já sofrem de insonia. 

Estamos reduzindo nossa memória e capacidade de concentração.
Antigamente a habilidade de decorar e memorizar informações era muito valorizada entre as pessoas. Hoje em dia, no mundo onde o Sr Google impera, ninguém se dá ao trabalho de memorizar informações, quando se pode obtê-las facilmente a partir da pesquisa de fragmentos ou partes dela. 
Assim, quem precisa saber qual a capital da Argentina, quando se pode pesquisar no google e obter Buenos Aires como resposta?
As mídias sociais e da internet também foram mostrados para encurtar os nossos períodos de atenção . Os indivíduos imersos em mídias digitais têm dificuldade de ler livros por longos períodos de tempo e muitas vezes apenas "dão uma olhada" por cima de textos e notícias sem se preocupar em fazer a leitura completa. Este fenômeno pode ser particularmente preocupante para os jovens , cujos cérebros são mais maleáveis ​​e, portanto, podem deixar de desenvolver habilidades de concentração.

Agora se você pensa que, com o advento da tecnologia, todas as mudanças sofridas pelo nosso cérebro foram ruins, está enganado. Uma parte dessas mudanças também serviram para alavancar algumas habilidades que já possuíamos.

Estamos mais criativos.
Se por um lado estamos perdendo algumas habilidades cognitivas, por outro estamos melhorando algumas e potencializando outras.
Este é o caso da criatividade que de acordo com alguns estudos é potencializada pela internet que vem aumentando o que é chamado de excedente cognitivo, que é a possibilidade de empregar mais tempo em atividades que demandam criatividade.
Além disso, também nos tornamos Multitask, ou seja, conseguimos realizar mais de uma tarefa simultaneamente, bem como alternar entre uma e outra sem grande problemas. 
Desta forma, se por um lado a tecnologia nos tira, por outro ela adiciona. 



Traduzido de mashable.com

Escritora, fotógrafa e naturalista.

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