Beleza cristalina- O fascinante mundo da cristalografia

Um mundo microscópico


Vista pelo mundo da ciência como uma forma de arte em si, a cristalografia (do inglês crystallography) revela um mundo particularmente novo e deslumbrante. Através dela os cristalógrafos transformam seus objetos de estudo em cristais, organiza seus átomos em estruturas ordenadas e submete-as a análises de raio x que permitirão uma melhor compreensão de como determinadas estruturas moleculares funcionam. (Vide estereoquímica)

Ou, como diria Max Perutz (Nobel de Química), este trabalho mostra "por que o sangue é vermelho e grama é verde, por que o diamante é duro e cera é suave, por que grafite escreve em papel de seda e é forte ".

Assim, para comemorar o ano internacional desta magnífica ciência experimental, o fotógrafo Max Alexander, partiu para um novo desafio, abandonar a grandiosidade do seu último trabalho, o Explorers of the Universe , para mergulhar no nanométrico mundo dos cristais, desenvolvendo o seu novo trabalho, Illuminating Atoms, através do qual somos apresentados ao maravilhoso mundo dos cristalógrafos através de fotografias que misturam arte e ciência. Vejamos algumas imagens.

Um mundo minúsculo
Materiais farmacêuticos podem apresentar diferentes propriedades, dependendo do arranjo das moléculas na sua estrutura cristalina. Cristais em forma de agulha são frequentemente difíceis de analisar, mas encontrar o cristal direito é o primeiro passo no desenvolvimento de tratamentos para doenças como a malária.

Centrossomos são máquinas moleculares responsáveis por organizar o processo de divisão celular. Para melhor compreender este processo, os cientistas tentam desenvolver o crescimento de cristais das proteínas a partir da qual esta maquinaria é construída. Estes cristais são de uma proteína que coordena a montagem deste importante equipamento.

Os diamantes são a substância mais dura que conhecemos. Espremer um minúsculo cristal entre dois diamantes é uma maneira de se reproduzir as condições de pressões estremas semelhantes as que ocorrem nas profundezas da crosta terrestre, onde rubis e esmeraldas são formadas.

Os trabalhadores de um laboratório em Oxford, comemoram quando a estrutura cristalina de algum composto é determinada. O motivo da comemoração é que tal resultado, muitas vezes, pode demorar muitos anos para ser obtido.


Nesta imagem podemos ver o cristalógrafo David Keen, responsável por estudar estruturas cristalinas que se comportam de maneira incomum quando seus átomos sofrem algum tipo de rearranjo. Sob seus pés, centenas de buracos cavados na areia retratam o padrão de difração de nêutrons a partir de um cristal de quartzo, que é um dos componentes da própria areia.




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Escritora, fotógrafa e naturalista.

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